O mundo está extravasando pretensão.
Principalmente de expectativas.
Mediocridade saiu de moda e isso me enche o saco.
O que escorre pela internet são fotos e textos e citações e combinações artísticas aleatórias que te induzem a pensar que aquela pessoa é diferente de alguma forma.
A multiplicação de pessoas que se interessam por arte me incomoda.
Por que elas não se interessam por arte, elas se interessam pela possibilidade de cativarem o MUNDO INTEIRO pelo fato de se dedicarem ao culto desse milagre, dessa salvação existencial, a solução de todas as questões:
A ARTE.
E aí surge uma multiplicação de falsos compreendedores e empreendedores.
E um turbilhão enorme de hipócritas e intelectualóides se projeta na primeira das primeiras FILEIRAS das pessoas mais odiáveis do universo.
E por fim surge a banalização.
A democratização de certas coisas sempre gera banalização.
A quantidade esmaga a qualidade e ninguém mais sabe o que apreciar.
Tudo por causa dessa HORDA de CRETINOS.
Digam o que quiserem, hei de instituir a ditadura da criatividade e banir essa porcalhada de vez.
segunda-feira, abril 17, 2006
Naquelas BANDAS de lá não havia água de nenhuma espécie.
E também não havia espécies de qualquer ESPÉCIE.
O que havia mesmo era um silêncio TUMULAR.
E um monte de areias e dunas e quilômetros do mais absoluto NADA cobrindo as distâncias.
E assim era este lugar.
E nada podia ele oferecer.
E por lá nada passou e nem passará.
E é só.
E também não havia espécies de qualquer ESPÉCIE.
O que havia mesmo era um silêncio TUMULAR.
E um monte de areias e dunas e quilômetros do mais absoluto NADA cobrindo as distâncias.
E assim era este lugar.
E nada podia ele oferecer.
E por lá nada passou e nem passará.
E é só.
domingo, abril 09, 2006
Nome de peça/conto/livro
Meninos cegos que olham para o céu.
Ou
Meninos cegos também olham para o céu.
Ou
Meninos cegos também olham para o céu.
sábado, abril 08, 2006
Vomitando
Uma catarse aleatória foi até a praia conversar com borboletas de mil cores e facas de pavios enormes e curtos e fios e estrelas que rodavam sob céus de outubro sem fim num patamar de piruetas sem controle onde anões contam histórias de nuvens e papagaios que pronunciam ditados em latim e soberanos que escalam montanhas de café.
Acho que é isso.
Acho que é isso.
quarta-feira, abril 05, 2006
De tudo e nada mais.
Por trás de gritos e cóleras e tempestades.
Por trás de paixões, arrebates e paralisias da alma.
Por trás de covas e coveiros, gargalhadas e silêncios.
Por trás de acrobacias, serestas, urros e conquistas.
Por trás do último e do primeiro segundo.
Por trás de colombinas, prostitutas, sussurros e poetas.
Por trás de solilóquios e brilhantismos e carreiras e infartos.
Por trás do calor de todos os corpos.
Por trás de labirintos e retinas sem vida.
Por trás de maravilhas e nuvens que sonham com o chão.
Por trás de gargantas e intestinos e poços de solidão.
Por trás da poeira encobrindo muralhas de coisas sem sentido.
Por trás de tudo e nada mais.
Eu só vejo molduras vazias.
Por trás de paixões, arrebates e paralisias da alma.
Por trás de covas e coveiros, gargalhadas e silêncios.
Por trás de acrobacias, serestas, urros e conquistas.
Por trás do último e do primeiro segundo.
Por trás de colombinas, prostitutas, sussurros e poetas.
Por trás de solilóquios e brilhantismos e carreiras e infartos.
Por trás do calor de todos os corpos.
Por trás de labirintos e retinas sem vida.
Por trás de maravilhas e nuvens que sonham com o chão.
Por trás de gargantas e intestinos e poços de solidão.
Por trás da poeira encobrindo muralhas de coisas sem sentido.
Por trás de tudo e nada mais.
Eu só vejo molduras vazias.
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