quarta-feira, março 29, 2006

Apenas

Me lembrando de que pessoas com uma camada de preocupação social evidente são muito chatas.

É, eu realmente estou sem ASSUNTO nos últimos dias.

segunda-feira, março 27, 2006

Soldado de Deus.

Hoje, na rua, vi um carro com o seguinte adesivo:

"No Jesus, No Peace
Know Jesus, Know Peace".

E logo abaixo desse, no mesmo carro, um outro:

"Pratique Muay Thai".

segunda-feira, março 20, 2006

Às vezes me sinto como pedaços de papel.

Às vezes eu respiro e o fôlego me abandona.

É sempre assim.

Essa falta de ar, a angústia trovejando mais alto que qualquer sonho.

A mesma náusea que visita os poetas pela manhã.

Por que é que as palavras nunca me são suficientes?

Que merda.

Esses dias eu voltei a admirar o abismo.

E então aquela vertigem esfumaçou, desapareceu.

Eu já vi o rosto de tanta gente dentro do rosto de tanta gente.

Menos o meu.

O meu, eu só enxergo no reflexo do abismo.

Lá na beirada da crueza, no fundo escuro.

E eu estou sorrindo e desenhando.

Às vezes o meu corpo queima como plástico.

Então eu não me aproximo mais.

Prefiro ficar por aqui, colecionando pedaços de papel.

E perdendo o fôlego, até que ele se acabe de vez.

terça-feira, março 14, 2006

Eco.

Os sonhos acabaram.

A terra engoliu o rosto e pediu meu retorno.

O céu intrometeu-se e repousou sobre os meus ombros.

E o vento assoviava:

Não voltará jamais.

E aquele grito invencível.

Imóvel, estático eu me mantia.

Enquanto as palavras assim vibravam:

Não voltará jamais.

Enquanto o semblante desaparecia

E o sentido das palavras me abarcava

Por meu corpo aquele eco navegava:

Não voltará jamais.

E jamais eu lembraria

Daquele ardor de poucos nomes

Daquela chama que tremia

E quando muito sussurrava:

Não voltará jamais.

E as palavras enfim chegaram

E um retrato maquinaram.

E quando a terra me acolheu

Do último pranto, as vozes que me sobraram:

Jamais.

segunda-feira, março 13, 2006

Pobres pensamentos

Não sei mais pra onde a estrada vai e nem mesmo a distância que traça o fim do horizonte.

Não sei se me preocupo com direção.

Ou com velocidade.

terça-feira, março 07, 2006

Giramundo.

Batem as doze badaladas aqui neste relógio sem BADALOS que é o computador.

No céu paira um amontoado cinzento, que nada me diz.

O silêncio tumular da Avenida Iguaçú, nada me diz.

As horas, as palavras e essa prosa sem graça, nada me dizem.

Tudo que me diz respeito agora é uma nova bússola.

Que eu nem sei para onde aponta.

Mas sei que é o caminho certo.

Dorme bem Curitiba pois eu vou fazê-lo com certeza.

E com saudades.

quinta-feira, março 02, 2006

Bzzz.

- Alô, eu gostaria de falar com o mundo.
- Sim, é ele mesmo.
- Mundo, por gentileza, poderia me prestar um enorme favor?
- Não, estou muito ocupado GIRANDO SEM PARAR e deixando a vida de vocês todos CAÓTICA ao EXTREMO. ADEUS.

Tu. Tu. Tu.