Os sonhos acabaram.
A terra engoliu o rosto e pediu meu retorno.
O céu intrometeu-se e repousou sobre os meus ombros.
E o vento assoviava:
Não voltará jamais.
E aquele grito invencível.
Imóvel, estático eu me mantia.
Enquanto as palavras assim vibravam:
Não voltará jamais.
Enquanto o semblante desaparecia
E o sentido das palavras me abarcava
Por meu corpo aquele eco navegava:
Não voltará jamais.
E jamais eu lembraria
Daquele ardor de poucos nomes
Daquela chama que tremia
E quando muito sussurrava:
Não voltará jamais.
E as palavras enfim chegaram
E um retrato maquinaram.
E quando a terra me acolheu
Do último pranto, as vozes que me sobraram:
Jamais.
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2 comentários:
gostei
você escreve umas coisas bonitas
quando eu crescer quero escrever igual =D
(eu só escrevo lixo e asneiras =~ sou muito frustrada por causa disso)
Excelente!
Me lembrou "O corvo".
Never more!
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