segunda-feira, julho 31, 2006

Mano velho

O tempo mudou.

Trouxe desgraça, chuva e desespero.

O tempo mudou.

Trouxe chuva, desespero e desgraça.

O tempo mudou.

Trouxe desespero, desgraça e chuva.

O tempo mudou, sim eu vos digo.

Senhores, o tempo mudou.

quinta-feira, julho 06, 2006

Todo dia eu agradeço a Deus por me permitir dar mais um passo naquela mesma direção que ninguém me explicou qual é.

E que ninguém nunca vai explicar.

Eu também nunca precisei.

Eu tenho fé.

E se todos esses passos resultarem no estender de um longo e inidentificável círculo, estarei feliz por ter cumprido o despropósito rídiculo que foi a minha vida.

Pois eu tenho fé.

Eu sempre tive fé.

Eu tenho fé de que tudo isso sobrepõe a capacidade e o esplendor da reflexão.

Fé.

Graças que eu a tenho.

Com a fé eu vou, um passo atrás do outro.

Um passo meio tonto

até que chegue o ponto.
Relatos que transbordam de amor enfastiados por adesivos alucinógenos.

Araras que piscam e faíscam feito fuscas fanfarrões cujas rodas bailam sobre pirilampos sem asas.

Tamanhos e pudores abraçados sem medo de compartilhar a mesma taça rosada e vazia.

Visto a vista de quem não vê.

E falo a língua parelha dos carros que não possuem mais vida.

Eu realmente estou me embriagando com essa impossibilidade de colocar idéias lineares dentro de um contéudo coerente que traduza expressões reais e não exagareradamente subjetivas de suposições que por fim não vão levar a lugar algum.

Fiz-me.

Faço-me.

Farei.

Até.