sexta-feira, fevereiro 27, 2009

Escorrendo pela madrugada sem sentido (originalmente publicado em 21/08/2005)

O meu pranto sempre surge como o tiro certo já calculado.

Ecoa nas minhas vísceras a essência da solidão.

Que seria o aprendizado de colher os frutos do não.

Tristeza é para si, felicidade é para os outros.

Sorrisos, do mundo dizem pouco.

Prefiro a rouquidão.

O silêncio intrínseco ao despudor da depressão.

Roubando o sentido dos passos em vão.

Pois o despropósito é companheiro de qualquer alegria.

Para quê e para onde?

Esses são motivos da introspecção lacrimosa.

E nos vastos minutos que me encontro com a irracionalidade completa.

Com a sensação de que na sua pureza, na sua premissa inicial, as decisões são completamente irracionais.

Retorno ao despropósito e aos passos em vão.

Sorrio a vida sem motivos.

E espero contente os dias de angústia que motivarão mais e mais dias.

A tristeza sempre deixa um resto de alegria quando se vai.

Namoram escondidas nos recantos da minha cabeça.

As lágrimas e sorrisos, abraçados, fomentando a máquina da vida.

Sofrida.

E incessante.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu definitivamente gosto das coisas que você escreve :)