Se há o pouco e a loucura, há a cura de viver. Pra tudo há remédio é o que se pensava. Um oposto, antagonia.
Se há problema, há solução.
Tristeza, alegria, bagunça, harmonia.
Mas há quem ignore o indefinível.
Quando já não sei o que é chave, o que é fechadura, o que está escancarado. Se é sangue ou pele, ou cicatriz.
Dá pra acordar ou dormir. Mas dá também pra fechar os olhos de dia, ou varar a noite sonâmbulo.
E essas coisas que não são nem isso e nem aquilo, a graça do mundo ou envelhecer.
É o maleável, o fundo do rio que não se alcança, a gente busca um aconchego pra ver se tudo acalma.
Mas neutralidade conversa muito mais com radicalismo do que um extremo ou outro.
Da borda se enxerga algo mas no meio da PLANÍCIE o horizonte DEPRIME muito mais que qualquer assovio de cordilheira ou abismo.
E enumera muito mais possibilidades.
Eu as vejo, e não escolho.
Pra onde ruma isso tudo, pra onde a gente navega, pra onde e de onde e como e por que.
No fim são sete horas da manhã, você esta numa padaria, olhando gente desinteressante e sorrindo ironicamente.
Tomando SUCO de LARANJA.
Tá ali, lamentando o conforto de não tomar qualquer decisão.
Esperando o milagre, a epifania, o RAIO das mãos de algum DEUS que você há muito tempo abandonou.
Você deixa a barba por fazer, ou você escuta outra música, ou você resolve inventar sentimentos por alguém que esteja ao seu alcance.
Vive de minúcias.
Acha tudo muito corajoso.
E segue no respiro, no suadouro, no viver.
No aguardo de uma conclusão.
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Um comentário:
viver de minúcias
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