A vida vem num passo tão devagar que esses vinte e tantos anos viveram mais de uma centena. E o dia fica ali gotejando e gotejando e gotejando, um milhão de vezes ultrapassado por si mesmo. E o próprio amanhã já não sabe mais se deve chegar ou se já veio. O Sol e a Lua bem ou mal fazem o que querem e as estrelas, que agora podem se casar de dia, festejam bodas a cada segundo. O tempo que um dia era moleque, continua igual, apenas sorri muito mais, mas com dentadura. E a luz no fim do túnel se apagou antes que eu chegasse e me encobriu pela entrada oposta.
sexta-feira, dezembro 24, 2010
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