Soco.
Lentamente os pensamentos se atraem e se dispersam, tudo bambo, tudo leve.
O chão é apenas um mero resquício daquela neblina fabulosa da minha infância.
E pelos meus calcanhares corre um formigar, um borbulho tênue que me atravessa a garganta e se lança mundo afora num gargalhar alucinado.
A névoa se faz um pouco menos espessa, as formas das coisas começam a ganhar certo volume.
A minha cabeça se desliga do pescoço e procura abrigar-se no embalo do vento.
Os próximos momentos são dotados de uma lucidez inesgotável, como se um domínio sobre tempo e espaço fosse o último presente garantido a mim por alguma divindade que se entretia com o espetáculo.
Ao mesmo tempo me percebo embriagado por um silêncio tão magnifíco que me permite escutar o abafado pestanejar da multidão.
Diviso ao longe alguns traços brancos e vermelhos.
No céu se projetam luzes de todas as cores.
Os meus pés reconhecem a firmeza das pernas e se aventuram na direção do retorno.
Mas a vertigem me assalta, me agarra, me conduz.
Durante poucos segundos eu bailo completamente tonto pelo salão e exibo o sorriso ensanguentado para a platéia que já não fala.
Depois é tudo um misto do que até então se sucedera. E o impacto do chão é projetado para mim como um desfecho cinematográfico.
A tela treme, a música sobe e o mundo escurece.
Mas, misteriosamente.
Não dói.
Lentamente os pensamentos se atraem e se dispersam, tudo bambo, tudo leve.
O chão é apenas um mero resquício daquela neblina fabulosa da minha infância.
E pelos meus calcanhares corre um formigar, um borbulho tênue que me atravessa a garganta e se lança mundo afora num gargalhar alucinado.
A névoa se faz um pouco menos espessa, as formas das coisas começam a ganhar certo volume.
A minha cabeça se desliga do pescoço e procura abrigar-se no embalo do vento.
Os próximos momentos são dotados de uma lucidez inesgotável, como se um domínio sobre tempo e espaço fosse o último presente garantido a mim por alguma divindade que se entretia com o espetáculo.
Ao mesmo tempo me percebo embriagado por um silêncio tão magnifíco que me permite escutar o abafado pestanejar da multidão.
Diviso ao longe alguns traços brancos e vermelhos.
No céu se projetam luzes de todas as cores.
Os meus pés reconhecem a firmeza das pernas e se aventuram na direção do retorno.
Mas a vertigem me assalta, me agarra, me conduz.
Durante poucos segundos eu bailo completamente tonto pelo salão e exibo o sorriso ensanguentado para a platéia que já não fala.
Depois é tudo um misto do que até então se sucedera. E o impacto do chão é projetado para mim como um desfecho cinematográfico.
A tela treme, a música sobe e o mundo escurece.
Mas, misteriosamente.
Não dói.
2 comentários:
Mas eu compreendo seu blog, espanhol safado.
ah, dói sim.
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