quarta-feira, dezembro 13, 2006

Ainda não sei bem o que é isso, mas ainda vai ser alguma coisa.

Ela entra na casa e sente o vapor abafado, o cheiro de suor e o encontra ali, deitado, imerso na escuridão.

Ela: Onde foi que você esteve?

Ele: Estive aqui, todo esse tempo, pensando.

Ela vai até a janela e abre bruscamente as cortinas, antecipando uma reação que não vem - ele permanece imóvel.

Ele: Estive aqui deitado, recostado nessa revolução, pensando. Todo esse tempo.

Ela: Eu não me lembro de tê-lo visto em condições como essas antes.

Ele: Estou apenas aqui, deitado, reavaliando uma porção de coisas.

Ela: Pois eu não consigo raciocinar deitada na cama, o sangue não corre como deveria e a lógica se perde toda numa imensidão nebulosa.

Ele: Eu não preciso de tantos estímulos como você.

Ela: Bem o vejo. Faz dias que o céu está cinza e não cai sequer uma gota do céu. No povoado um senhor me disse que as nuvens estão preguiçosas. Interessante foi que ele o disse apontando para mim e não para as nuvens. Eu não soube o que lhe responder.

Ele: Devia ter lhe sugerido que as nuvens estão idosas.

Ele se senta na cama abruptamente e busca um copo de água o qual sorve de maneira silenciosa.

Ele: Hoje quando acordei, e vi que você não estava, me percebi capaz de tantas coisas. Então permaneci deitado, brincando de enumerar possibilidades posteriores... se você não voltasse mais.

4 comentários:

iasa monique disse...

surpreendeu

Anônimo disse...

gosto dos seus textos




(:

Anônimo disse...

De facto, atores só têm mulheres bonitas.

thaispimenta disse...

nossa! viciei!